tag:blogger.com,1999:blog-964781139865263236.post5674787077155313032..comments2023-06-14T17:06:52.453-07:00Comments on DIÁLOGOS ANTROPOLÓGICOS: Resenha do livro Cultura de Consumo, de FeatherstoneFrank Marconhttp://www.blogger.com/profile/04227040549605321992noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-964781139865263236.post-4588872303479183432010-11-05T11:50:44.327-07:002010-11-05T11:50:44.327-07:00Apesar da proposta deste texto do Featherstone pas...Apesar da proposta deste texto do Featherstone passar muito pela provocação sobre uma teoria do consumo, me sinto provocado por esta contextualização feita por Williams e Dani sobre o debate relacionado a contextualização ou conceituação do pós-moderno. Eu percebo que este debate sempre foi fértil para repensarmos algumas questões à contrapelo com relação às percepções carregadas de valores da modernos, principalmente nas Ciências Humanas e Sociais fruto da própria modernidade. No entanto, acho que como podemos depreender que, no geral, o debate contribuiu em várias esferas para percebermos o esgotamento de diferentes formas de convívios e de se estar no mundo, assim como diferentes modos de organização política, de comunicação de ação e de representação. Isto também tem relação com a forma que fazemos e comunicamos no nosso meio acadêmico. Além de se esgotarem formas de existências sociais também se esgotaram os modelos analíticos ditos modernos. Isto não quer dizer que ambos desapareceram, mas que eles não máis conta de responder as questões postas pela vida social contemporânea. Se a isto chamam de pós-moderno, modernidade tardia, pós-colonialismo, ou pós-estruturalismo, descontrutivismo ou globalismo, talvez ainda não seja consensual, mas para nós interessa reconhecer que algo mudou na sociedade e na ciência, e este cenário já está posto há pelo menos 20 anos. De qualquer modo, ainda encontramos nas análises tipo a do Featherstone (dos anos 90), mais do que uma preocupação com a definição dos termos, o incômodo necessário para colocarmos outras formas de análise em evidência, abrindo outros hoizontes e possibilidades de percepção sobre a sociedade contemporânea, mas também sobre as que a predecederam: cultura de consumo, consumo cultural, estilos de vida e processos de identificação e diferenças são temas que fazem parte de uma ampla agenda nas ciências sociais que se renova a todo momento em diferentes cenários, não mais com o agenciamento de uma centralidade euro-americana, mas indiana, sul-africana, brasileira, chilena, etc. "Nenhuma sociedade é pós-moderna da mesma forma, apesar vivermos um momento de circuitos e movimentos globais". E o debate sobre cultura de consumo?Frank Marconhttps://www.blogger.com/profile/04227040549605321992noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-964781139865263236.post-74256068367059204592010-11-05T10:46:37.399-07:002010-11-05T10:46:37.399-07:00Muitas vezes vista como uma Ideologia, ou mito, a ...Muitas vezes vista como uma Ideologia, ou mito, a teoria da<br />sociedade “pós-moderna” se propõem abordar todas as mudanças em<br />curso, sejam elas culturais, políticas ou econômicas. Talvez seja por<br />conta desta característica, o Ecletismo, que autores como Kumar<br />(1997), se referem ao pós-modernismo como mito. Na obra Da sociedade<br />pós-industrial a pós-moderna, assim como faz Mike Featherstone, Kumar<br />traça um panorama da transição de uma teoria pós-industrial, ou<br />pós-fordista, sobretudo de base marxista, fruto das transformações<br />econômicas e sócio-culturais estimuladas, e/ou, aceleradas pela<br />primeira e segunda revolução industrial, promovidas na descoberta de<br />novas fontes de energia, consecutivamente: vapor e eletricidade; para<br />as teorias pós-modernas, que tentam refletir as transformações, também<br />econômicas e sócio-culturais, estimuladas pelo o que é chamado pelo<br />autor de III Revolução Industrial. Esta não mais com base na<br />descoberta de novas fontes de energia, como nas duas anteriores, mas,<br />na informação, onde o computador, sobretudo o “mundo Web” é o “símbolo<br />principal/motor analítico” da transição de uma sociedade produtora de<br />bens (industrial, moderna), para a Sociedade de Informação. Hoje<br />produzimos informação em escala global, de forma semelhante “como<br />produzimos carros em massa”. Esse conhecimento (tecnologia da<br />informação), segundo Kumar, tem sido a força propulsora da economia.<br />Mas, quais as conseqüências, no âmbito da produção teórica sobre o<br />moderno, desta acusação de se estar, em muitos casos, produzindo<br />ideologias, ou mitos, sobre o “pós-moderno”? Estamos em tempo de uma<br />revolução cientifica nas ciências sociais, na perspectiva de Thomas<br />Kuhn? Qual a emergência, a titulo de superação do dilema proposto, de<br />um esforço coletivos de demarcação entre teoria e ideologia? Será que<br />a teoria pós-moderna passa pelo mesmo processo de maturação e<br />delimitação “em busca de um objeto teórico especifico” (Castells, Problema de investigação em sociologia urbana 1984), assim como a Sociologia Urbana, acusada muitas vezes de<br />ideológica e sem um objeto científico claro?Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/03555767236966005700noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-964781139865263236.post-54830235570461076222010-11-05T10:43:45.369-07:002010-11-05T10:43:45.369-07:00Este comentário foi removido pelo autor.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/03555767236966005700noreply@blogger.com