tag:blogger.com,1999:blog-964781139865263236.post7596516647289121499..comments2023-06-14T17:06:52.453-07:00Comments on DIÁLOGOS ANTROPOLÓGICOS: RESENHA DE A IDEOLOGIA COMO SISTEMA CULTURALFrank Marconhttp://www.blogger.com/profile/04227040549605321992noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-964781139865263236.post-1774760051728280612015-10-17T08:54:59.569-07:002015-10-17T08:54:59.569-07:00Superinteressante o texto em questão.
A parti...Superinteressante o texto em questão. <br /> A partir da reflexão de Geertz irei pensar na ideia de afastamento do pesquisador com o seu objeto no espaço acadêmico. Assim, foi compartilhado durante muito tempo o discurso de que o pesquisador precisava se encontrar em uma posição neutra e livre para não produzir uma ‘ciência afetada’ pelos condicionamentos ideológicos do pesquisador ou do grupo que o mesmo encontra envolvido. Deste modo, surgiram ao longo do tempo estratégias na academia para os pesquisadores afastar-se completamente de seus objetos o que poderíamos chamar de estratégias textuais como bem ressaltou Geertz. Isso influenciou na escrita dos pesquisadores que se apoiaram muito tempo em uma zona de conforto da linguagem acadêmica que se utilizava da terceira pessoal para dá o sentido simbólico de afastamento em suas pesquisas. ( não estou dizendo que os pesquisadores devam a partir de agora optar pela primeira pessoa em seus trabalhos, pois penso que essa não seja a solução adequada para driblar tal armadilha ). O que estou dizendo que alguns defensores se apropriaram de artifícios estilísticos para padronizar e dá sentido ao modo de se fazer ciência na academia, além disso, buscaram neutralizar a ideia de subjetividade carregada pelo pesquisador a partir dos modelos inventados que os mesmos compartilhavam. Surgindo dentro da academia diferentes escritas direcionadas a certas áreas. Nesse sentido, adentramos sobre a problemática da racionalidade a partir do pressuposto de compreender a argumentação em jogo e ainda, sem a probabilidade de se analisar e aceitar (ou rejeitar) as premissas que sustentem a dita argumentação da escrita acadêmica. Para finalizar é perceptível destacar nas pesquisas de Geertz a preocupação com a análise literária e a problematização textual. Deste modo, será que é possível pensar em uma ruptura entre ideologia e ciência? Se sim, quais os critérios estão sendo usados para definir tais posições? E que poder de convencimento os textos produz? Comungo com Geertz em pensar os símbolos em jogo dentro da sociedade observando que tipo de significados os mesmos ganham a partir do contexto que estão inseridos. Deste modo, a cultura é pensada por ele como texto socialmente elaborado a partir do exercício de compreensão cultural transmitindo para os outros e como contexto no qual os comportamentos adquirem inteligibilidade.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/15033231170459485909noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-964781139865263236.post-40446734608879880592015-10-05T04:29:29.399-07:002015-10-05T04:29:29.399-07:00Ivan, Matheus, Diogo e Felipe obrigado pelas resen...Ivan, Matheus, Diogo e Felipe obrigado pelas resenhas e pelas contribuições ao debate. Chego um pouco atrasado pelo excesso de atividades nestes dias. Percebi que vocês captaram bem a ideia, o grande lance do texto está sim neste paradoxo sobre a ideologia como tema e como exercício da ciência. Particularmente, gosto muito de duas entradas do autor sobre o tema, uma é que a reflexividade sobre o próprio campo da validade científica (enquanto ideologia) e a outra que é do indicativo de que é possível pensarmos sobre como ela mesma se constrói. A ciência como ato político? Se esta é um ato político, como é possível sê-la mediante os critérios de objetividade e universalidade, por exemplo? Ora, Geertz não está defendendo que esta seja uma tarefa fácil, mas apontando caminhos possíveis para compreendermos melhor o seu funcionamento. O principal deles, é que ele está sugerindo que devíamos trabalhar com os significados culturais, no sentido de que deveríamos buscar entender os símbolos e como ele simbolizam em diferentes situações. Ou seja, um trabalho científico deveria olhar mais para as simbologias das ações e dos discursos (não unicamente para os seus objetos sociais), inclusive, como reflexividade; olhando para a própria prática/discurso da sua ciência. Ou seja, se não é possível fugir ao paradoxo, podemos, pelo menos, compreender seu funcionamento e avançarmos. Ele defende que isto é possível a partir das teorias da linguagem, percebendo como o texto científico é carregado de ideologias, quando retoricamente faz apologias, utiliza metáforas, faz propostas e pressupõe objetividades. Ao mesmo tempo, um texto que busca ser científico, sendo reflexivo, opta pela compreensão de sua própria limitação e reconhece que está implicado pelo jogo dos signos a partir do qual está envolvido e se propõe agir. Se reconhecemos que o texto científico está implicado pela ideologia, reconhecemos que o resultado da análise científica também é um ato político, mas não por isto inválido. Poderíamos começar pelos nossos próprios campos de análise, como este se constitui? Como é trabalhado? Como se legitima? Quais os elementos retóricos que o sustentam? Frank Marconhttps://www.blogger.com/profile/04227040549605321992noreply@blogger.com