Acesse aos dados preparados pelo Observatório Juventude e Trabalho, da UFS. Segundo o IBGE, 2022, a população jovem de Sergipe corresponde a cerca de 23% da população total do estado (526.722 jovens). A população jovem do Brasil é de aproximadamente 48,5 milhões, representando 23% do total da população. Clique na imagem para maiores observações ou acesso o endereço: https://observatoriojuventudeufs.blogspot.com/
DIÁLOGOS ANTROPOLÓGICOS
BLOG DO GRUPO DE ESTUDOS CULTURAIS, IDENTIDADES E RELAÇÕES INTERÉTNICAS
segunda-feira, 1 de setembro de 2025
sábado, 15 de fevereiro de 2025
MESA REDONDA SOBRE JUVENICÍDIO NA AMÉRICA LATINA
É com grande satisfação que convidamos vocês para a mesa-redonda "Entre o global e o local: uma análise socioantropológica do Juvenicídio na América Latina", que ocorrerá no dia 20 de fevereiro de 2025.
A atividade está sendo organizada por Lucas Vieira (UFS- Brasil), doutorando em sociologia, juntamente com o Prof. Dr. Carles Feixa (UPF – Barcelona), Profa. Ma. Karen Cerón (UR – Colômbia) e Prof. Dr. Frank Marcon (UFS – Brasil).
O evento contará com a participação de diferentes pesquisadores latino-americanos que compartilharão suas reflexões e pesquisas sobre as dinâmicas de violência que afetam material e subjetivamente a juventude na América Latina:
🔹 Prof. Dr. Arturo Chacón (UACJ – México) – A narcocultura em méxico
🔹 Profa. Ma. Karen Cerón (UR – Colômbia) – Violência Juvenil em Colômbia
🔹 Doutoranda Laura Talina (COLEF – México) – Suicidio Juvenil Masculino
🔹 Doutorando Lucas Vieira (UFS – Brasil) – Genocídio da juventude negra no Brasil
Segue anexo o cartaz do evento, bem como o link de inscrição para aqueles que desejam participar.
Aguardamos vocês para essa importante discussão e esperamos contar com sua presença!
Clique aqui para Inscrições.
terça-feira, 7 de janeiro de 2025
Juventudes e Gênero nas Ciências Sociais
Lançamento Pré-venda do Livro Juventudes e Gênero nas Ciências Sociais, organizado por Frank Marcon e Danielle de Noronha. Disponível nos formatos impresso e e-book, pela Editora Telha
"A contribuição maior do presente livro está na abordagem das pesquisas sobre juventude, por meio da ampliação das lentes que a categoria teórica de gênero possibilita. Os leitores e as leitoras são contemplados com temas que abordam HQs, produção fílmica, skate e surfe, hip-hop, tecnologia da informação, ciberfeminismo, sistemas socioformacionais e socioeducativos, repúblicas institucionais e pandemia. Os investigadores e as investigadoras se debruçaram em campos e objetos diversos e apresentam resultados de pesquisas interseccionais que dialogam entre si, quando se considera, especialmente, o aumento do foco para os estudos de gênero e juventudes." (do Prefácio de Patrícia Rosalba)
sexta-feira, 12 de abril de 2024
II SEMINÁRIO INTERNACIONAL JUVENTUDE(S) E CIDADANIA
Esta é a segunda edição do seminário internacional Juventude(s) e Cidadania. O objetivo deste evento é o de promovermos o encontro de diferentes estudos que vem sendo realizados sobre juventude(s) no Brasil e em Portugal sob o viés da problemática da cidadania. Ou seja, a partir de quais experiências concretas os jovens se aproximam e se distanciam da cidadania como modelo ideal de agência política, como sujeitos sociais plenos, capazes de interpelar e reagir às condições de precarização que lhes são muitas vezes impostas pelas contingências de poder hegemonizados. Os temas das identidades, estilos de vida e culturas juvenis; dos usos das tecnologias digitais e das relações de poder aí contidas; da participação política ou das formas de ativismo com pautas plurais; da relação entre trabalho, renda e desigualdades; da violência e das políticas públicas voltadas para os jovens, gravitam em torno da questão da cidadania, aqui entendida também como um campo no qual a agência, a participação e a autonomia são disputadas, reconhecidas e visibilizadas (ou não). Este evento promovido no âmbito da interlocução entre o Centro Interdisciplinar de Ciências sociais (CICS.NOVA), da Universidade Nova de Lisboa, e do Grupo de Estudos Culturais, Identidades e Relações Interétnicas (GERTs), da Universidade federal do Sergipe, é realizado de forma híbrida (presencial e remota) e contará com três sessões atravessando os temas das "Desigualdades e políticas públicas", das "Práticas culturais e sociabilidades" e, por último, da "Tecnologia e mundos virtuais".
15 de Abril -
Sessão I
"Desigualdades e políticas públicas"
Debatedores
Frank Marcon
(GERTs-UFS)
Cores da
Mudança: Arte Urbana, Participação Comunitária e Políticas Públicas em Bairros
de Habitação Social
Ana Castro
(CECS-Univ.Minho)
Acolhimento
institucional para jovens mulheres em Aracaju/SE
Raiane de
Jesus Santos (PPGS – UFS)
27 de
Maio - Sessão II
"Práticas culturais e sociabilidades"
Debatedores
João
Bittencourt (UFAL)
Resistência e
Rap: uma etnografia num bairro periférico de Lisboa a desaparecer
Pedro Varela
(CIES-ISCTE.IUL)
"Esse
espaço também é nosso": jovens mulheres e o direito à cidade a partir da
prática do skate e do surfe
Letícia
Oliveira Feijão Galvão (PPGS – UFS)
25 de Junho -
Sessão III
"Tecnologia e mundos virtuais"
Debatedores
Ricardo
Campos (CICS.NOVA)
As Redes
Sociais como Espaços de Mobilização Coletiva – Um Olhar Sobre Fandoms de K-Pop
Priscila
Tarlé (DRI, Universidade Aberta)
Competências
digitais e cultura algorítmica: práticas de jovens no Brasil pós-pandemia
Gabriela
Losekan (UFS – PPGS)
sábado, 9 de março de 2024
O Antropólogo como Autor
GEERTZ, Clifford. Works and lives: the anthropologist as author. 1ª ed. Stanford, California: Stanford University Press, 1988.
Por Gabriela Losekan
Doutoranda em Sociologia (PPGS/UFS)
Bolsista CAPES e Membro GERTS
Logo no prefácio de Obras e vidas: o antropólogo como autor (2002), Clifford Geertz esclarece dois pontos importantes para a compreensão da sua argumentação ao longo do livro: o termo antropologia é usado como equivalente a trabalhos etnográficos e, embora questões biográficas e históricas sejam relevantes para a discussão sobre esse tipo de trabalho, sua principal intenção é compreender como antropólogos escrevem. Em síntese, sua argumentação é orientada aos aspectos textuais presentes em determinados trabalhos etnográficos, escritos por Claude Levi-Strauss, Edward Evan Evans-Pritchard, Bronislaw Malinowski, e Ruth Benedict. Então, além do capítulo que inicia o livro, Estar lá, e o capítulo que o encerra, Estar aqui, cada capítulo que compõe o desenvolvimento do livro é dedicado a um autor e obra em específico. Nesse sentido, essa resenha se limita ao capítulo inicial e final da obra.
No primeiro capítulo, Estar lá, Geertz nos provoca a pensar sobre os possíveis sentidos literários da escrita antropológica ao indagar o que faz com que textos etnográficos sejam persuasíveis. Na sua visão, a extensão de descrições etnográficas e seus argumentos teóricos, sozinhos, não são capazes de convencer de que o que o antropólogo diz, resulta de ter estado lá, “em contato estreito com vidas distantes” (p 17). Para que isso ocorra, a escrita é essencial pois, “impossibilitados de recuperar os dados imediatos do trabalho de campo para uma reinspeção empírica” (p. 17), é o aspecto do trabalho etnográfico que fará com que alguns etnógrafos sejam mais eficientes em transmitir suas impressões em texto e, com isso, mais ouvidos pela comunidade acadêmica e demais leitores.
Após situar o leitor sobre a relevância da escrita para o trabalho etnográfico, Geertz passa a argumentar sobre a função do antropólogo enquanto autor do texto etnográfico. Nesse ponto, ele conduz às seguintes discussões que emergem da análise literária de textos etnográficos: a questão da assinatura enquanto construção de uma identidade autoral, e a questão do discurso, um modo de enunciar as coisas relacionado a essa identidade. A questão da assinatura, isto é, a presença (ou tentativa de disfarce) autoral em um trabalho etnográfico esteve relacionada com um problema epistemológico, “impedir que visões subjetivas distorçam fatos objetivos” (p. 21). Um impasse comumente relacionado ao trabalho de campo e à descrição etnográfica enquanto método, e não ao discurso que está implicado na escrita de “textos ostensivamente científicos a partir de experiência em grande parte biográficas” (p. 22).
Admitir que os textos etnográficos “tendem a parecer romances, pelo menos tanto quanto laudos laboratoriais” (p. 20), ao mesmo tempo que permite pensar a questão da assinatura, estabelece um dilema: a oscilação entre a postura do “físico não-autoral” e do “romancista hiper autoral”, sem de fato permitir nenhum dos dois. Isso demonstra a dificuldade que o antropólogo enfrenta ao tentar se situar “num texto do qual, ao mesmo tempo, espera-se que seja uma visão íntima e uma avaliação fria” (p. 22). Para elucidar esse impasse, Geertz traz dois exemplos de autores que abordaram diretamente o dilema da assinatura em suas obras: o livro de Raymond Firth, We, the Tikopia, originalmente publicado em 1936, e o livro de Loring Danforth, The death rituals of rural Greece, publicado em 1982. Apesar das diferenças de posicionamento dos autores no texto - Firth preocupado com a neutralidade científica e Danforth, com um engajamento mais humanista -, Geertz destaca que ambos autores conseguiram nos convencer de que estiveram lá e “de que se houvéssemos estado lá, teríamos visto o que viram, sentido o que sentiram e concluído o que concluíram” (p. 29).
Para abordar a questão do discurso nos textos etnográficos, Geertz mobiliza o ensaio foucaultiano, Que é um autor? e o texto de Roland Barthes, Autores e escritores. Em síntese, Foucault diferencia autores que são fundadores da discursividade, isto é, autores que quando produziram suas obras produziram algo mais (um teoria, uma tradição, uma disciplina...), e autores que são produtores de textos particulares. Por outro lado, Barthes diferencia autores que escrevem e escritores que escrevem algo. Para o autor, a escrita, ou a linguagem, se constituiu numa práxis, enquanto para o escritor, é meramente um meio. Nesse ponto sobre a questão do discurso, novamente um dilema: na visão de Geertz, o discurso antropológico continua “empacado” entre a alternativa do discurso propriamente literário e do discurso propriamente científico. Em síntese, “a incerteza que aparece, em termos da assinatura, até que ponto e de que maneira invadir o próprio texto, aparece, em termos do discurso, como até que ponto e de que maneira compô-lo imaginativamente” (p. 34-35).
Se no primeiro capítulo, Geertz argumenta sobre a importância de pensar a assinatura e o discurso na escrita do texto etnográfico, no último capítulo, Estar aqui, o autor tece reflexões sobre as consequências de “(...) olhar para os textos de etnografia, além de olhar através deles” (p. 181, grifos do autor). O ponto central do capítulo é a discussão sobre o papel e o futuro da antropologia frente às reorganizações políticas do mundo, momento em que já não é mais possível fugir do ônus da autoria, uma vez que “(...) as fundações morais da etnografia foram abaladas do lado do Estar lá, pela descolonização” (p. 117) e “suas fundações epistemológicas foram abaladas, do lado do Estar aqui, por uma perda generalizada da confiança nas histórias aceitas sobre a natureza da representação” (p. 177). Nesse contexto, Geertz levanta dois questionamentos: quem deve ser convencido hoje em dia e convencido de quê? Tendo em vista que os objetos de estudo que estão lá e o público que está aqui não são mais separáveis ou moralmente desvinculados.
Para Geertz, mesmo nesse novo contexto, a tarefa do etnógrafo continua sendo demonstrar que os relatos sobre como vivem os outros podem transmitir convicção. Para tanto, “o vínculo textual entre as facetas do Estar Lá e do Estar Aqui da antropologia, a construção imaginativa de um terreno comum entre o Escrito A e o Escrito Sobre (...) é a fons et origo de qualquer capacidade que tenha a antropologia de convencer alguém de alguma coisa” (p. 188). Em que pesem as críticas aos textos escolhidos, à análise literária decorrente deles e, incluso, à estilística argumentativa do autor (Massi, 1992; Peirano, 1989), o leitor é convencido de que é preciso resgatar a análise textual do texto etnográfico para compreender como “(...) os processos literários afetam o modo pelo qual os fenômenos culturais são percebidos e apresentados” (Massi, 1992, p. 166), especialmente frente aos dilemas morais, políticos e epistemológicos que emergem das mudanças políticas do mundo. Por fim, o que ainda está disponível para o antropólogo? Escreve Geertz: “(...) facultar a conversa através de linhas societárias – de etnia, religião, classe, sexo, língua, raça – que se tornaram progressivamente mais matizadas, mais imediatas e mais irregulares” (p. 191-192).
Referências
MASSI, Fernanda. As estratégias textuais de Clifford Geertz. Cadernos de Campo, São Paulo, v. 4, n. 3, p. 166-168, 1992. Disponível em: https://lecturayescrituraunrn.files.wordpress.com/2017/03/resec3b1a-geertz-massi.pdf. Acesso em: 05/03/2024.
PEIRANO, Mariza. Só para iniciados. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 3, n. 5, p. 93-102, 1990. Disponível em: https://www.academia.edu/52674522/S%C3%B3_para_iniciados. Acesso em: 05/03/202
quinta-feira, 16 de novembro de 2023
5ª Mostra Elas por Trás das Câmeras - Resistências e Coletividades
Conheça a programação:
21 de novembro – Sessão 1: Corpos
Corpos Políticos, Mulheres no Audiovisual PE - MAPE, 5’ (PE)
Espelho, Luciana Oliveira, 18’ (SE)
Iauarête, Xan Marçal, 13’ (BA)
Porto das Almas, Carolina Timoteo, 20’ (SE)
Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando, Aida Harika, Edmar Tokorino e Roseane Yariana, 9’ (RR)
Debatedoras: Luciana Oliveira e Manuela Veloso Passos
Mediação: Danielle de Noronha
22 de novembro – Sessão 2: Memórias
De tudo um pouco sabia costurar, Yérsia Souza e Felipe Moraes, 24’ (SE)
Elekô, Coletivo Mulheres de Pedra, 6’ (RJ)
Fartura, Yasmin Thayná, 27' (RJ)
TEKOHA - Mulheres Indígenas: Lutas e Retomadas, Coletivo nós, madalenas, 22’ (SP)
Debatedoras: Ana Marinho, Nara Caroline e Yérsia Souza
Mediação: Kênia Freitas
23 de novembro – Sessão 3: Tempos
Afluências, Iasmin Soares, 14’ (PB)
Contraturno, Larissa Fernandes e Deivid Mendonça, 26’ (GO)
Guaxuma, Nara Normande, 15’ (AL)
O FASC me toca e eu sou tocada por ele, Layla Bonfim, 20’ (SE)
Salve todos, Isabela Renault, 11’ (MG)
Debatedoras: Layla Bomfin, Letícia Galvão e Mariana Isla
Mediação: Erna Barros
quinta-feira, 28 de setembro de 2023
Seminário GERTs - Gênero e Sexualidade nas Ciências Sociais
terça-feira, 8 de agosto de 2023
Juventude e moda
Por Adrielle da Silva Oliveira
A moda pode ser trabalhada de diversas formas, nesse texto irei fazer uma ligação entre ela, estilos de vida, identidade visual e de que maneira a moda é utilizada como linguagem pelas juventudes periféricas.
Nos estudos sobre juventude é possível ver a formação de grupos associados a questões políticas e estilos de vida. A ideia de grupos sociais traz uma noção de solidariedade e proximidade, onde o indivíduo se sente seguro despertando assim um sentimento de comunhão. Michel Maffesoli (1998) chama essa união de indivíduos com gostos em comum de tribalismo, essas redes se unem através da vulnerabilidade humana e o medo de se sentir sozinho ou deslocado. As tribos suprem a necessidade de se sentir compreendido, de troca de experiências e de conexão com outras pessoas (MAFFESOLI, 1998).
Nas tribos urbanas os indivíduos utilizam máscaras sociais (MAFFESOLI, 1998) com a função de integrar uma “persona” através do cabelo, tatuagens, acessórios e afins, que podem ser lidos como estranhos ou “caretas” por tribos diferentes. Esses grupos sociais são mantidos através de um sentimento de familiaridade com elementos neles instituídos - como posicionamentos ideológicos, gostos musicais, territórios e outros fatores (MAFFESOLI, Michel 1998). A juventude é a fase onde geralmente se começa a frequentar esses espaços por consequência de diversos fatores: inserção do jovem no mercado de trabalho, a construção de um senso de individualidade trazendo assim uma ampliação do consumo em espaços de lazer. Diante desta partilha de experiências é construído uma imagem seguindo os demais integrantes é uma forma de se afirmarem “alguém” em uma sociedade que massifica e os transforma em anônimos (DAYRELL, Juarez 2002).
Os grupos também abrem outros espaços sociais onde acabam aderindo mais que características visuais e gostos em comum, um consumo que vai além disso, criando assim estereótipos relacionados a eles. Após a inserção dos jovens nesses espaços eles começam a ter noção da sua posição social e fazem escolhas de acordo com sua realidade, que foi construída dentro das suas múltiplas referências adquiridas ao longo de toda sua vida dando ênfase ao grupo social onde se sente mais acolhido. No movimento hip-hop, bailes Funk, entre outros espaços maioritariamente frequentados por jovens periféricos um marcador bastante utilizado é o uso de um determinado tipo de moda, com o objetivo de afirmar o pertencimento a uma coletividade específica entre o restante dos grupos urbanos.
A moda vem sendo trabalhada como sistema de representação que para Stuart Hall significa utilizar a linguagem para expressar algo sobre o mundo ou representá-lo a outras pessoas. Utilizando o exemplo do Hip-hop a moda aderida foi feita para se adequar à realidade urbana desses jovens: roupas confortáveis de fácil aderência com os movimentos, ideais para transitar em ônibus, metrôs, caminhar longas distâncias; tecidos mais grossos e pesados possibilitavam a proteção do frio das ruas. (IARA - Revista de moda, cultura e arte, 2010).
Assim, podemos observar a versatilidade da moda e como ela pode ser aplicada nos mais diversos ambientes para além da moda global mais conhecida como “fashionista” onde se preza a tendência. A moda popular busca valorizar o contexto que está inserida, nos bailes Funk as mulheres utilizam roupas mais sensuais que valorizam o seu corpo ao dançar, homens buscam estar com acessórios e marcas citadas nas letras das músicas, já no dia a dia essas mesmas pessoas geralmente estão vestidas de maneiras diferentes já que uma mesma pessoa pode está inserida em mais de um grupo social e vivenciar mais de um estilo de vida. (MIZAHI, Mylene 2019)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
A moda demarcada espaço: o caso da “moda hip hop.” IARA, Revista de moda, cultura e arte, São Paulo - v.3, dez. 2010.
ABRAMO, Helena Wendel. Cenas Juvenis: punks e darks no espetáculo urbano. 1. ed. São Paulo: Editora Página Aberta, 1994.
DAYRELL, Juarez. O rap e o funk na socialização da juventude. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.28, n.1, p. 117-136, jan./jun. 2002.
HALL, Stuart. Cultura e representação. Rio de Janeiro: Apicuri, 2016
MIZAHI, Mylene. O funk, a roupa e o Corpo: Caminhos para uma abordagem antropologica da moda. Cadernos de Arte e Antropologia, Rio de Janeiro, 2019.
segunda-feira, 7 de agosto de 2023
Jovens digitais: experiências sociais mediadas por interfaces tecnológicas
Por Gabriela Losekan
De maneira geral, o que significa dizer que os jovens dessa geração são jovens digitais? Sem perder de vista processos históricos, econômicos e políticos a nível global e como se relacionam com o fenômeno do digital (Faustino, Lippold, 2023; Silveira, 2021), podemos afirmar que a Internet e as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) produzem novas práticas sociais, um novo sentido para o tempo e para o espaço, corroborando para “(...) una mutación profunda en la producción de subjetividad, otras formas de consolidar la propia experiencia y otros modos de auto-tematización, otros regímenes de constitución del yo, otras maneras de relacionarse con el mundo y con los demás, mediados por las TIC” (Muñoz, 2016, p. 75).
Frente a intensificação
e onipresença de sistemas computacionais no cotidiano social, tanto o âmbito da
subjetividade quanto da sociabilidade e da agência dos jovens são mediados, em
menor ou maior grau, pela tecnicidade, isto é, nas suas interações pela e com a
tecnologia (Martín-Barbero, 2008). Embora essa mediação seja interpelada por
marcadores sociais como classe, raça e gênero, pelas formas e condições de
acesso a essas tecnologias, implicando, inclusive, em uma discussão mais
complexa sobre cidadania digital (Batista e Simões, 2022), o digital
proporciona um entorno múltiplo (Muñoz, 2016) comum a seus usuários, descrito
como “(...) virtual y actual, selectivo y masivo, local y global, posicional y
nómada al mismo tiempo…con nuevas experiencias de libertad aunque estén
controladas, una explosión de subjetividades atravesadas por el consumo”
(ibidem, p. 77).
Hyper-Reality, por Keiichi Matsuda. Disponível em: https://vimeo.com/166807261.
Nesse entorno múltiplo, a temporalidade da Internet, que não é linear, mas instantânea, a imaterialidade do hipertexto no ciberespaço e a interface dessas tecnologias transformam os sentidos, as percepções e as formas de produzir a experiência social (Muñoz, 2016, p. 84), especialmente através da linguagem, da corporeidade e da sensibilidade de crianças, adolescentes e jovens (Martín-Barbero, 2008) que vivenciam essas fases de vida enquanto um momento propicio a formação das suas percepções de si, das suas relações e do mundo em que vivem. Portanto, de maneira geral, dizer que os jovens dessa geração são jovens digitais significa dizer que através desses sujeitos podemos observar novas formas de subjetividades e agências articuladas e mediadas pelas TICs.
Não obstante, é preciso ter cautela quando mobilizamos o termo para caracterizar jovens ou uma geração de jovens. Expressões como nativos do digital (Prensky, 2001) sugerem uma competência tecnológica quase inata àqueles jovens que nasceram e cresceram em uma realidade em que o computador, o smartphone e a Internet sempre existiram. É claro que crianças, adolescentes e jovens se tornam usuários de tecnologias cada vez mais cedo, mas, embora mais ambientados à presença e ao uso da Internet e de suas tecnologias e mais dependentes de softwares no seu dia-a-dia, muitos jovens continuam tendo pouco ou nenhum conhecimento sobre como funcionam essas tecnologias, embora desenvolvam expertises e práticas tecnológicas diversas a partir de suas experiências digitais.
Questionando a expressão nativo digital, Ortega e Ricaurte (2009, p.43) argumentam que “no todos los jóvenes de la generación digital poseen las competencias distintivas de esa generación, ni que las generaciones anteriores sean incompetentes tecnológicamente”. Em complemento, Boyd (2014, p.176) escreve que “the rhetoric of “digital natives”, far from being useful, is often a distraction to understanding the challenges that youth face in a networked world”. Em ambas publicações, as autoras apontam alguns mitos sobre as competências tecnológicas da atual geração de jovens, sinalizando, por outro lado, duas situações: a subutilização das possibilidades oferecidas pela tecnologia, traduzida na fraca alfabetização e literacia digital dos jovens, e, também, brechas digitais nas formas de acesso e uso dessas tecnologias.
Em seu estudo sobre jovens e cultura digital, Ricaurte (2018, p. 21) destaca que, além de ser necessário atentar para as diferentes realidades em que se encontram os jovens e as diversidades de formas em vivenciar a juventude, especialmente no contexto latinoamericano, “los estudios sobre cultura digital deben ser encarados como situados, encarnados y en la vida cotidiana (Hine, 2015) como resultado de la red de relaciones, del contexto y coyuntura en los que tiene lugar” (ibid, p. 21). Nesse sentido, as práticas digitais permanecem um aspecto fundamental do cotidiano dos jovens conectados a ser analisado. O desafio posto é conseguir compreender como o ambiente técnico faz parte, cada vez mais, de corporeidade, cognição e práticas (Martín-Barbero, 2008, p. 25) desses jovens digitais e em que medida os uso e apropriações tecnológicos pelos jovens estão relacionados a questões mais complexas que perpassam as discussões sobre o digital, como a relação entre sistemas algorítmicos e a sociabilidade, subjetividade e agência dos sujeitos jovens (Djick, 2013; Silveira, 2018).
Algumas pesquisas recentes têm enfrentado essas questões a partir de abordagens teórico-metodológicas distintas. Na pesquisa etnográfica sobre o TikTok da antropóloga Abidin (2021), a pesquisadora demonstra como o uso dessa plataforma de mídia social influencia no desenvolvimento de determinadas expertises e práticas digitais entre os seus usuários, majoritariamente jovens. Abidin (ibid., p. 26) destaca que, além das expertises técnicas e práticas interativas, jovens TikTokers, especialmente aqueles que aspiram viralizar na plataforma com o objetivo de tornar-se uma celebridade da Internet, também desenvolvem práticas algorítmicas que são “engajamentos dos usuários em comportamentos padronizados e rotineiros na crença de que suas ações repetidas irão persuadir e acionar o algoritmo da plataforma para trabalhar a seu favor”. Essas práticas, aprendidas por repetidas tentativas, observação de padrões e, inclusive, intuição, são mobilizadas com o objetivo de alcançar alta visibilidade, “agradando” e, em alguns casos “enganando” a plataforma, embora seu algoritmo seja uma caixa-preta bem guardada, como ocorre em outras plataformas.
A relação entre a experiência digital dos jovens e interfaces tecnológicas também é abordada na pesquisa da socióloga Carolina Castro Grau. Buscando expandir o conceito de experiência social de Dubet (2011) por meio de Van Djick (2016), Grau (2019, p. 107) define interface tecnológica
como una arquitectura
computacional, pero igualmente en un sentido sociocultural y político,
convirtiéndose en una infraestructura performativa que permite que pasen cosas,
que media, sugiere, cuantifica y mide la vida social, lo cual tendría
incidencia en la configuración de las experiencias de los propios usuarios (Van
Dijck, 2016), transgrediendo la idea de intermediario neutral.
A partir de entrevistas semiestruturadas com jovens usuários do Instagram, Grau identificou que, embora a pluralidade de experiências dos jovens possa ser categorizada a partir da lógica da integração social, da estratégia e da subjetivação, tal como posto pela teoria de Dubet, a lógica da interface tecnológica permeia todas as lógicas anteriores e, em muitos dos casos, os jovens relataram perceber a sua incidência na configuração das suas próprias experiências na plataforma.
Indo além das experiências e práticas juvenis mediadas pelas plataformas digitais, no seu artigo sobre jovens estudantes mexicanos e seus imaginários sociais sobre Inteligência Artificial (2019, p. 52), a pesquisadora Paola Ricaurte Quijano destaca que a infância, a adolescência e a juventude conectada ocupam um lugar central no ecossistema das tecnologias associadas a IA por serem, ao mesmo tempo, produtores (de dados e tecnologias) e consumidores (de serviços e produtos), além de ser a força laboral presente e futura para o setor.
A partir da realidade mexicana, Ricaurte critica a fraca implementação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento tecnológico e científico que, além de não posicionar o país como um ator relevante no ecossistema tecnológico a nível global, falha em inserir os jovens de forma participativa na sociedade digital, contribuindo para a intensificação das brechas digitais entre os jovens. Para contribuir com o debate, a pesquisadora mobiliza os imaginários sociais de jovens estudantes mexicanos sobre a IA para compreender o que conhecem e pensam sobre essa tecnologia e como a vinculam a suas vidas cotidianas. Citando Augé (1999, p. 10), a autora escreve que “los imaginarios articulan el sentido de lo común, de lo compartido, constituyen un terreno de encuentro y disputa en contextos de contacto cultural y colonización” (2019, p. 54).
Entre os achados exploratórios da pesquisa, é interessante destacar a
percepção dos jovens estudantes mexicanos sobre as capacidades das tecnologias de
IA, tais como “raciocinar” e “pensar”, características da inteligência humana,
ainda que não tenha sido mencionado como se produz ou se desenvolve tal
capacidade. Ademais, é nítido que seus imaginários são marcados por extremos
apocalípticos ou utópicos sobre a presença das tecnologias de IA na sociedade
do futuro. Embora consigam identificar a presença dessas tecnologias no seu
cotidiano, citando como exemplo assistentes virtuais, plataformas de mídia
social, videogames, etc., os imaginários dos jovens entrevistados para pesquisa
são predominantemente articulados a partir do senso comum sobre IA.
São
pesquisas que nos provocam a pensar em que medida expertises e práticas tecnológicas
somadas a experiências digitas podem ou não corroborar para o desenvolvimento
de um conhecimento significativo sobre a Internet e suas tecnologias entre
jovens, influenciando ou não em formas de agência menos ou mais reflexivas
mediadas por interfaces tecnológicas, sem perder de vista as especificidades da
localidade e do cotidiano em diálogo com as dinâmicas de conjunturas globais e
disputas de poder.
Referências
ABIDIN, C. Mapeando celebridades da Internet no TikTok: Explorando Economias da Atenção e Trabalhos de Visibilidade. Revista Pauta Geral-Estudos em Jornalismo, v. 8, p. 1–50, 2021.
BATISTA, S.; SIMÕES, J. A. Cidadania digital de jovens em três países europeus: perfis de (não) participação cívica online. Sociologia, Problemas e Práticas, n. 98, 2022, p. 9-29.
BOYD, D. It’s complicated: the social lives of networked teens. New Haven: Yale University Press, 2014, p. 176-199.
DIJCK, J. VAN. The culture of connectivity: a critical history of social media. Oxford ; New York: Oxford University Press, 2013.
FAUSTINO, D.; WALTER, L. Colonialismo digital: por uma crítica Hacker-Fanoniana. São Paulo: Boitempo, 2023.
GRAU, C. C. Instagram como interfaz tecnológica: algoritmos e interacción de las juventudes. Em: BROSSI; LIONEL (Org.). Inteligencia artificial y bienestar de las juventudes en América Latina. Santiago: LOM ediciones, 2019, p. 105-113.
MARTÍN-BARBERO, J. A mudança na percepção da juventude: sociabilidades, tecnicidades, e subjetividades entre os jovens. Em: BORELLI, S. H. S.; FREIRE FILHO, J. (Org.). Culturas juvenis no século XXI. São Paulo: Educ, 2008, p. 9-32
MUÑOZ, G. Jóvenes digitales. Em: FEIXA, C.; OLIART, P. (EDS.). Juvenopedia: mapeo de las juventudes iberoamericanas. Primera edición ed. Barcelona: NED Ediciones, 2016.
ORTEGA, E; RICAURTE, P. Jóvenes nativos digitales: mitos sobre la competencia tecnológica. Diário de Campo, n.106, p. 40-49, 2009.
PRENSKY, M. Digital Natives, Digital Immigrants. On The Horizons, v. 9, n. 5, p. 1-6, out./2001.
RICAURTE, P. Jóvenes y cultura digital: abordajes críticos desde América Latina. Chasqui. Revista Latinoamericana de Comunicación, v. 137, Ecuador: CIESPAL, p. 13–28, jul. 2018.
RICAURTE, P. Jóvenes e imaginarios sobre inteligencia artificial en México. Em: BROSSI; LIONEL (Org.). Inteligencia artificial y bienestar de las juventudes en América Latina. Santiago: LOM ediciones, 2019, p. 51-61.
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SILVEIRA, S. A. A noção de modulação e os sistemas algorítmicos. Em: SOUZA, J.; AVELINO, R.; SILVEIRA, S. A. (orgs). Sociedade de controle – manipulação e modulação nas redes sociais. Editora Hedra, 2019, p. 31-47.
segunda-feira, 3 de julho de 2023
Afrofuturismo na Encruzilhada: usos e sentidos de tecnologias diaspóricas na construção de identidades
Figura 1 - Capa do single "Futuro Ancestral"; do multiartista Afrofuturista Marvin Lima
O exercício de exploração da imaginação está muito mais próximo do nosso cotidiano do que podemos detectar. Vivemos em meio a inúmeras possibilidades de escolhas e conversas internas com o nosso próprio “eu” acerca das decisões que serão tomadas durante o dia, ou até mesmo na forma como projetamos o futuro, seja ele daqui a minutos, horas, dias ou anos. Dessa forma, a construção daquilo que compreendemos por futuro está sendo constantemente edificado no presente, as vezes com referências de momentos passados, outras vezes não.
O Afrofuturismo se construiu e continua se construindo tomando por base esse constante exercício de exploração do campo imagético de pessoas pretas, através do qual foi sendo estabelecido uma relação cada vez mais próxima entre a ficção especulativa e aquela mesma pergunta que não quer calar: afinal de contas, onde estão os negros nos espaços, notadamente em espaços e posições de poder e tomada de decisão? O presente trabalho está voltado a entender essa pergunta e mais algumas, dentro de um contexto exploratório do conceito Afrofuturista, como por exemplo: o que é o Afrofuturismo? Quais as dificuldades impostas pela raça que atingem também o movimento Afrofuturista? O movimento Afrofuturista pode ser considerado como uma forma de identidade? Quais os principais contornos e características desse movimento?
Nesse compasso, a metodologia aplicada ao trabalho de pesquisa e revisão bibliográfica se acentua em conceitos traçados por estudiosos que se dedicam a entender diferentes formas de fazer pesquisa, com foco principal na autoetnografia, métodos interseccionais e relacionantes da própria experiência ao ambiente de pesquisa e conceitos estudados, fazendo um paralelo com a perspectiva da pesquisadora nessa experiência de fazer mestrado num país com um contexto sociopolítico no qual predominam o evidente descaso e desaparelhamento da educação pública e as constantes e massacrantes políticas públicas de ódio contra pessoas pretas.
Para isso, lanço mão das tecnologias diaspóricas desenvolvidas pelos pesquisadores João Mouzart (2021) e Luiz Rufino (2017) como metodologia de estudo e de trabalho, analisando o Afrofuturismo a partir da "Pedagogia da Encruzilhada" (RUFINO, 2017), pois lanço o movimento Afrofuturista ao cruzo de suas próprias narrativas e agendas possíveis a partir de uma visão afrocentrada. "No mesmo compasso, ao lançar o conceito ao cruzo de suas possibilidades, me utilizo da Metodologia Parafuso" (MOUZART, 2021) para me lançar em um constante movimento reflexivo e analítico em torno do tema, seus alcances com relação à formação identitária de um grupo que está em constante modificação e enraizamento, aliado à própria perspectiva da pesquisadora Afrofuturista, que se vê contemplada pela maioria dos resultados de vivências possíveis a partir da movimentação do cruzo, notadamente nos aspectos concernentes à necessidade de usos de métodos anticoloniais nos modos de fazer pesquisa.
As configurações de construção do conceito do Afrofuturismo em suas várias implicações e formas, bem como o entendimento do tema como uma importante ferramenta tecnológica sedimentada a partir de experiências diaspóricas está sendo embasada em diversos pensadores Afrofuturistas que têm se debruçado acerca do objeto de análise nos mais diversos seguimentos, aos quais me alinho e utilizo como exemplos de sujeitos pensantes e praticantes do que denomino de movimento Afrofuturista no Brasil, tais como os escritores Lu Ain-Zaila (2019), Fábio Kabral (2016), Kenia Freitas (2018), Zaika dos Santos (2021), Morena Mariah e tantos outros nomes possíveis, visto a ampla gama de possibilidades que o Afrofuturo traduz.
Sendo assim, podemos fazer um exercício crítico e reflexivo a partir modus operandi Afrofuturista, ou seja, a partir de um embasamento teórico completamente construído por, com e para pessoas pretas, numa tentativa de traçar futuros que consideram as perspectivas da ancestralidade como ponto de partida para as infinitas possibilidades construídas dos diversos cruzos resultados da realidade diaspórica, tomando o tempo passado em seu aspecto imutável, visto que não se pode mudar o que já passou, mas podemos olhar os fatos acontecidos sob outros pontos de vista e experiências, principalmente a partir de uma perspectiva empretecida, dá-los novos contornos, interpretações e possibilidades, o que acarreta em resultados diversos tanto para o presente quanto para o futuro, pois é através das experiências já experimentadas que atuamos no presente para a construção de um futuro, ou pelo menos é assim que se entendem os usos e sentidos do movimento Afrofuturista.
REFERÊNCIAS
JUNIOR, Luiz Rufino Rodrigues. Exu e a Pedagogia das Encruzilhadas. Luiz Rufino Rodrigues Junior. Tese. (Doutorado em Educação no Programa de Pós-Graduação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro), 2017.
OLIVEIRA JUNIOR, João Mouzart de. Entre a rua e o Ciberespaço: Ciberracismo nas redes sociais brasileiras. João Mouzart de Oliveira Junior. Tese (Doutorado em Estudos Étnicos e Africanos no Programa de Pós-graduação Multidisciplinar em Estudos Étnicos e Africanos na Universidade Federal da Bahia), 2021