sexta-feira, 8 de junho de 2012

Codificação/Decodificação


Franklin Timóteo
Jefferson Dantas

Texto que nasce como contribuição aso estudos sobre os meios de comunicação massivos e os impactos deste na sociedade e nos indivíduos. A contribuição maior do autor está na ideia de circularidade das informações emitidas, não apenas o emissor é produtor de sentido, mas também os leitores são entendidos como instâncias de produção de sentido/signos, visto que, reinterpretam, assimilam e decodificam as mensagens previamente codificadas de diversos modos e nuances.
Deste modo, Stuart Hall rompe como esquemas interpretativos de ordem behaviorista ou funcionalista ainda fortes até a década de 1970, afinal estes modelos heurísticos fornecem um verdadeiro ode ao emissor  e os receptores, por conseguinte, é  uma espécie de corpo, ou melhor, de alvo dos primeiros, ele critica ainda a linearidade e a unidirecionalidade dos modelos explicativos supracitados.
Para Stuart Hall a produção não é um processo ( atividade) muito transparente como pensavam os modelos anteriores de pesquisa, tampouco seria o momento mais importante, tanto a emissão quanto a recepção são instâncias geradoras de sentido e ambas enquanto práticas sociais estão submetidas à intempéries, constrangimentos e dramas comuns a qualquer dinâmica social.
Assim o autor nos sugere entender o fenômeno midiático como algo multirreferencial, pois os sentidos são são distintos a  partir da leitura que o indivíduo/ leitor faz daquela informação, cada pessoa ou grupo tem sua bagagem cultural, um repertório que propicia uma visão acerca do mundo e dos objetos, daí o surgimento de uma tradução daquele princípio “original” da emissão. Essa perspectiva desierarquiza a produção, que fora entendido como um momento mais importante, para Hall tanto a emissão quanto a recepção são momentos de realização de sentidos, afinal a produção/consumo dos bens midiáticos compõem  um processo mútuo de implicações e de determinação, são cotidiana e paulatinamente afetados pela circualaridade da prática comunicativa, os signos fazem uma espécie de dança circular, uma ciranda de sentidos acioanda a partir de cada membro da roda.
Hall ainda alerta para as situações onde as informações codificadas buscam se misturar ou se confundir com signos já consagrados pela cultura hegemônica, a fim também de se perpetuar. Isto evidencia uma preocupação com as noções de cultura popular, pois para ele a cultura popular é uma espécie de campo de batalha pelo direito de imprimir um sistema de representação que classifica tudo e todos, trata-se de uma disputa pelo direito de administrar o público, de reger a dinâmica de circulação dos bens culturais – este é o momento em que se trava a política de significação, uma verdadeira luta no campo discursivo.

Um comentário:

odedayadon disse...

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