terça-feira, 2 de abril de 2013

RAP E JUVENTUDE EM CRIOULO


Car@s,

Saiu num recente e interessante número da revista REALIS, da UFPE, um artigo de nossos colaboradores Miguel Barros (Guiné Bissau) e Redy Wilson Lima (Cabo Verde), cito o resumo publicado na revista:

"RAP KRIOL(U) O PAN-AFRICANISMO DE CABRAL NA MÚSICA DE INTERVENÇÃO JUVENIL NA GUINÉ-BISSAU E EM CABO-VERDE"



Resumo: nos anos de 1990, com a vaga de democratização na Guiné-Bissau e em Cabo-Verde, quer o PAIGC quer o PAICV, partidos tidos como “força, luz e guia do povo”, perdem esse estatuto, pondo fim simultaneamente à cadeia de domesticação dos espíritos, precipitando assim uma descoletivização social das organizações juvenis sob o prisma comunista. Isto fez com que os jovens reinventassem formas de sociabilidades no seio dos grupos de pares, num contexto marcado pela globalização e afro-americanização do mundo, em que a cultura hip-hop, através do seu elemento oral, o rap, aparece como veículo da liberdade de expressão e de protesto dos grupos urbanos em situação de maior precariedade. Este artigo pretende analisar de que forma os jovens guineenses e cabo-verdianos recontextualizaram através do rap, na nova conjuntura dos dois países, o discurso pan-africanista e nacionalista de Amílcar Cabral, tendo em conta o risco de branqueamento da memória coletiva e histórica; a suposta traição dos seus ideais pelos atuais políticos dirigentes; a necessidade de o resgatar enquanto guia do povo; e de representá-lo como
um MC (mensageiro da verdade)."
Na íntegra: http://www.nucleodecidadania.org/revista/index.php/realis/article/view/60/55

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