Por Florival Souza Filho
Estuda a globalização como um
processo de fracionamento articulado do mundo e de recomposição de suas partes
no que a globalização não é um simples processo de homogeneização, mas de
reordenamento das diferenças e desigualdades, sem suprimi-las, por isso, a
multiculturalidade é um tema indissociável dos movimentos globalizadores.
As investigações tomam como
objetos de estudo, as cidades e as indústrias culturais da América Latina,
enfatizando os processos globalizadores, as tendências hegemônicas da
urbanização e industrialização da cultura.
Afirma o autor que a América
Latina foi "inventada" pela portuguesa e espanhola e reelaborada pela
França e Inglaterra, numa relação de dependência que implicou conflitos e
hibridações, concentrando-se no séc. XX nos vínculos com os Estados Unidos.
As modificações ocorridas durante
a passagem da subordinação européia para a norte-americana - mercados
agrícolas, industriais e financeiros, na produção, circulação e consumo de
tecnologia e cultura, movimentos populacionais, turismo, migração e exilados -
alteraram a estrutura e o caráter dessa dependência.
No entanto os vínculos com os
Estados Unidos já não mais se deixam explicar por uma relação colonial, nem
imperialista que em seguida, tornar-se-ia um processo de reordenação em uma
posição periférica e dependente dentro de um sistema mundial de intercâmbios
desiguais disseminados.
As vezes, interpreta-se a
transferência da Europa para os Estados Unidos como a passagem de um exercício
sociopolítico para uma submissão socioeconômica, porém foi com a Europa que os
latinos aprenderam a ser cidadãos ( constituições; construção de regimes
republicanos; partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais ) enquanto que
os vínculos com os Estados Unidos, tornaram-nos consumidores, processo esse que
foi fortalecido pela instabilidade democrática e o cancelamento dos organismos
de representação da cidadania durante as ditaduras.
Segundo Arjun Appadurai e James
Holston, a noção de cidadania se expande aos direitos de habitação, saúde,
educação e apropriação de outros bens de consumo. Canclini propõe então
reconceitualizar o consumo, como espaço que serve para pensar, e no qual se
organiza grande parte da racionalidade econômica, sociopolitica e psicológicas
nas socieades.
CIDADES
Reconhecer essas transformações
não significa prognosticar a dissolução da cidadania no consumo, nem das nações
na globalização; é entender as transições da identidades "clássicas"
( nações, classes, etnias ) que não nos restringem às novas estruturas globais
que consideram de outro modo nossos interesses e desejos, é pensar a
recomposição das relações sociais e as insatisfações - mal-estar da época,
crise universal dos paradigmas e das certezas - do fim do século XX.
Embora analise as megalópoles
latinas e considere-as cidades globais, vejo que as transformações que nelas
ocorrem têm como focos geradores processos intrínsecos derivados do
desenvolvimentos desigual e das contradições da sociedade: migrações maciças;
contração do mercado de trabalho; políticas urbanas de habitação e de serviços
insuficientes; conflitos interétnicos; deterioração da qualidade de vida. Ou
seja, as grandes cidades imaginadas pelos governos e migrantes são o cenário
caótico de mercados informais nos quais multidões tentam sobreviver sob
exploração, violência ou solidariedade.
COMUNICAÇÕES
O crescente diálogo entre
especialistas dos estudos culturais dos Estados Unidos e América Latina é feito
da análise de discursos, ( literários e artísticos ), testemunhos, textos
populares e outros excluídos do cânone e, geralmente as investigações se
limitam à cultura não industrializada, e sua elaboração crítica restringe-se às
instituições universitárias.
Há mais de meio século os intercâmbios
culturais ocorrem mais nas indústrias de comunicação do que na literatura, nas
artes visuais ou na cultura. Algo semelhante ocorre com o patrimônio histórico
no turismo e com a circulação de músicas étnicas ou nacionais que contribuem
para reproduzir e renovar os imaginários das Américas do Norte e do Sul. Mas é
sobretudo na competição e nas alianças entre empresas de comunicação ( de
televisão, informática e editorial ) que se está gestando a multiculturalidade.
Pretendo nesse livro, ressituar a
teorização e os debates sobre identidade, heterogeneidade e hibridação na
disputa pelo espaço audiovisual que vem se desenvolvendo entre dos Estados
Unidos, a Europa e da América Latina. Mostrando que os conflitos pela expansão
da comunicação reproduzem e repropõem os dilemas dos latinos entre serem
latinos ou americans, a elucidação
conceitual e a investigação empírica das diferenças e dos encontros neste
triângulo inter-regional são decisivas para reorientar as políticas culturais.
Faz-se necessários que os
pesquisadores, realizem análises cuidadosas da remodelação dos espaços públicos
e dos dispositivos que se perdem ou se recriam para o reconhecimento ou a
proscrição das múltiplas vozes presentes em cada sociedade.
MULTICULTURALIDADE/S
Na América Latina, o que se chama
de pluralismo ou heterogeneidade cultural é entendido como parte da nação
enquanto que nos Estados Unidos, significa separatismo. No que convém
segundo Peter McLaren, distinguir entre
um multiculturalismo conservador em que o separatismo entre as etnias se acha
subordinado à hegemonia dos wasp's (
White Anglo-Saxon Protestants ) que estipula o que se deve ler e aprender para
ser culturalmente correto; um multiculturalismo liberal que postula a igualdade
natural e a equivalência cognitiva entre raças e um multiculturalismo liberal
de esquerda que explica as violações da igualdade pelo acesso desigual aos
bens.
Pensadores como Michael Walzer
expressam que "o conflito agudo na vida norte-americana não opõe o
multiculturalismo a alguma hegemonia ou singularidade", a "uma
identidade norte-americana vigorosa e independente", mas "a multidão
de grupos à multidão de indivíduos". "Todas as vozes são fortes, as
entonações são variadas e o resultado não é uma música harmoniosa -
contrariamente à antiga imagem do pluralismo como sinfonia na qual cada grupo
toca sua parte (mas, quem escreveu a música?) - e sim uma cacofonia".
No caso das sociedades latino
americanas que não se formaram com o modelo das pertenças étnico comunitárias,
mas, a partir da idéia leiga de república e do individualismo jacobino e com a
interação com a multiculturalidade latino-americana, não predomina nos países a
tendência a resolver os conflitos multiculturais mediante políticas de ação afirmativa.
INTRODUÇÃO
Este livro tenta entender como as
mudanças na maneira de consumir alteraram as possibilidades e as formas de
exercer a cidadania que sempre estiveram associadas à capacidade de apropriação
de bens de consumo e à maneira de usá-los com diferenças que eram compensadas
pela igualdade em direitos abstratos concretizados no voto, ao sentir-se
representado pelo partido ou sindicato.
Junto com a degradação da
política e a descrença em suas instituições, outros modos de participação se
fortalecem. Homens e mulheres percebem que muitas das perguntas próprias dos
cidadãos - a que lugar pertenço e que
direitos isso me dá, como posso me informar, quem representa meus interesses
- recebem sua resposta mais através do consumo privado de bens e dos meios de
comunicação deda massa do que pelas regras abstratas democracia ou pela
participação coletiva em espaços públicos.
O próprio e o alheio: uma oposição que se desfigura
No séc. XX em um conflito entre
pais e filhos sobre o que a família podia comprar, os pais terminavam dizendo:
"ninguém está satisfeito com o que tem", respondendo aos filhos que
chegavam à educação de nível médio ou superior como novas demandas. Respondiam
assim à proliferação de aparelhos eletrodomésticos, aos novos signos de
prestígio, às inovações da arte e da sensibilidade...
As lutas de gerações a respeito
do necessário e do desejável mostram outro modo de estabelecer as identidades e
construir a nossa diferença, nos afastando da época em que as identidades se
definiam por essências a-históricas: atualmente configuram-se no consumo.
As transformações constantes nas
tecnologias de produção, no design de objetos, na comunicação mais extensiva ou
intensiva entre sociedades - e o que isto gera em relação à ampliação de
desejos e expectativas - tornam instáveis as identidades fixadas em repertórios
de bens exclusivos de uma comunidade
étnica ou nacional.
Essa versão política de estar
contente como o que se tem, (nacionalismo 1960/70), é vista hoje como o último
esforço das elites desenvolvimentistas, das classes médias e de alguns
movimentos populares para conter dentro das vacilantes fronteiras nacionais a
explosão globalizada das identidades e dos bens de consumo que as
diferenciavam.
Os objetos perdem a relação de
fidelidade com os territórios originários. A cultura é um processo de montagem
multinacional, uma articulação flexível, de partes, uma colagem de traços que
qualquer cidadão de qualquer país, religião e ideologia pode ler e utilizar.
Qual a dúvida cabível?
A globalização é uma tendência
irreversível mas há dois movimentos atuais de suspeita: os que não crêem que o
global se apresente como substituto do local, e o dos que não acreditam que o
modo neoliberal de nos globalizarmos seja o único possível.
Muitas diferenças persistem com a
transnacionalização, e o modo como o mercado reorganiza a produção e o consumo
para obter maiores lucros e concentrá-los converte essas diferenças em
desigualdades.
Que outras perspectivas existem
hoje? Há poucos anos pensava-se no olhar político como uma alternativa, mas o
mercado desacreditou esta atividade, exibindo-se como mais eficaz para
organizar as sociedades, submetendo a política às regras do comércio e da
publicidade, do espetáculo e da corrupção. É necessário então, dirigir-se ao
que na política é relação social: o
exercício da cidadania.
Para vincular o consumo com a
cidadania é preciso desconstruir as concepção que julgam os comportamentos dos
consumidores como irracionais e as que vêem os cidadãos atuando em função da
racionalidade dos princípios ideológicos. Ou seja, partiremos da hipótese de
que ao selecionarmos os bens e nos apropriarmos deles, definimos seu valor
público, os modos de integrarmos e nos distinguirmos na sociedade, e
combinarmos o pragmático e o aprazível.
Os estudos sobre cidadania
cultural nos estados unidos não têm a ver apenas como os direitos reconhecidos
pelos aparelhos estatais, mas com as práticas sociais e culturais que dão
sentido de pertencimento, e fazem se sintam diferentes os que possuem uma mesma
língua, formas semelhantes de organização e de satisfação das necessidades.
Na América Latina os movimentos
sociais estão redefinindo o que se entende por cidadão em relação aos direitos
de igualdade e à diferença. A cidadania indica a luta pelo reconhecimento dos
outros como sujeitos de "interesses válidos, valores pertinentes e
demandas legítimas".
Repensar a cidadania como
"estratégia política" serve para abranger as práticas emergentes não
consagradas pela ordem jurídica, o papel das subjetividades na renovação da
sociedade, e, ao mesmo tempo, para entender o lugar relativo destas práticas
dentro da ordem democrática e procurar novas formas de legitimidade
estruturadas de maneira duradoura em outro tipo de Estado.
Ao repensar a cidadania em
conexão com o consumo e estratégia política, coloco a discussão com a
insatisfação com o jurídio-político que conduz a uma defesa da existência de
uma cidadania cultural, cidadania racial, de gênero e ecológica com o mercado
estabelecendo um regime convergente para essas formas de participação através
da ordem do consumo.
O crescimento vertiginoso das
tecnologias audiovisuais de comunicação, tornou patente o desenvolvimento do
público e o exercício da cidadania, meios eletrônicos esses que fizeram
irromper as massas populares na esfera pública deslocando o desempenho da cidadania
em direção às práticas de consumo.
Desiludidos com as burocracias
estatais, partidárias e sindicais, o público recorre ao rádio e à televisão
para conseguir o que as instituições cidadãs não proporcionam: serviços,
justiça, reparações ou simples atenção.
O novo cenário sociocultural
As mudanças socioculturais são
divididas em cinco processos: a) redimensionamento das instituições e dos
circuitos de exercício do público: perda de peso dos órgãos locais e nacionais
em benefício dos conglomerados empresariais de alcance transnacional;
b)reformulação dos padrões de assentamento e convivência urbanos: do bairro aos
condomínios, das interações nas grandes cidades, onde trabalhar, estudar... se
realiza longe da residência; c) reelaboração do próprio; d) redefinição do
senso de pertencimento e identidade, organizado cada vez mais por lealdades
transnacionais ou desterritorializadas de consumidores ( CNN, MTV...); e) a
passagem do cidadão que representa uma opinião pública para aquele interessado
em desfrutar certa qualidade de vida.
A novidade na segunda metade do
século XX é que estas modalidades audiovisuais e massivas de organização da
cultura foram subordinadas aos critérios empresariais de lucro e a um
ordenamento global que desterritorializa conteúdos e formas de consumo. Podemos
assim, dizer que saímos do século XXI como consumidores e cidadãos do século
XVIII.
Por que este acesso simultâneo
aos bens materiais e simbólicos não vem acompanhado de um exercício global e
pleno de cidadania?
A reinvenção das políticas
Se reconhecemos o deslocamento
dos cenários em que se exerce a cidadania ( do povo à sociedade civil ) e a
reestruturação do peso do local, do nacional e do global, algo terá de
acontecer à forma pela qual as políticas representavam as identidades. Outro
modo cultural de fazer política e outros tipos de políticas culturais deverão
surgir.
As identidades modernas eram
territoriais e quase sempre monolinguísticas. Consolidaram-se subordinando
regiões e etnias dentro de um espaço chamado nação. As identidades pós-modernas
são transterritoriais, multilinguísticas, estruturam-se mais pela lógica do
mercado e operam por meio da produção industrial de cultura, de sua comunicação
tecnológica e do consumo diferido e segmentado dos bens.
Que cidadania pode expressar esse
novo tipo de identidade? Em contraste com a noção jurídica de cidadania,
desenvolvem-se formas heterogêneas de pertencimento, cujas redes se entrelaçam
com as do consumo: "um espaço de lutas, um terreno de memórias diferentes
e um encontro de vozes desiguais".
No caso das grandes cidades em
que os centros históricos perdem peso, as populações se disseminan: os jovens
encontram núcleos organizadores, "margens que se inventam para si". A
identidadepassa a ser concebida como "o foco de um repertório fragmentado
de minipapéis mais do que como o núcleo de uma hipotética interioridade"
contida e definida pela família, pelo bairro, pela cidade, pela nação ou por
qualquer um desses enquadramentos em declínio.
O CONSUMO SERVE PARA PENSAR
Hoje vemos os processos de
consumo como algo mais complexo do que uma relação entre meios manipuladores e
dóceis audiências. O consumo é o conjunto de processos socioculturais em que se
realizam a apropriação e os usos dos produtos.
Segundo os julgamentos
moralistas, ou atitudes individuais ( pesquisas de mercado ), o consumo é
compreendido pela sua racionalidade econômica e para as diversas correntes de
estudo, o consumo é um momento do ciclo de produção e reprodução social.
Os estudos marxistas sobre o
consumo e a primeira etapa da comunicação de massa ( 1950 a 1970 )
superestimaram a capacidade de determinação das empresas em relação aos
usuários e às audiências. Para algumas correntes da antropologia e da
sociologia urbana, o consumo se manifesta uma racionalidade sociopolítica interativa.
Para Manuel Castells, o consumo
"é um lugar onde os conflitos entre classes, originados pela desigual
participação na estrutura produtiva, ganham continuidade em relação à
distribuição e à apropriação dos bens".
Percebe-se a importância política
do consumo quando políticos que detiveram a inflação na Argentina, no Brasil e
no México centrarem sua estratégia de consumo na ameaça de que uma mudança de
orientação econômica afetaria aqueles que se endividaram comprando a prazo. "
Se não querem que a inflação volte devem votar em mim novamente" ( Carlos
Menem ) ao tentar a reeleição à presidência da Argentina.
Um outro segmento dos estudos,
chama atenção para o consumo enquanto lugar de diferenciação e distinção entre
as classes e os grupos, evidenciando os aspectos
simbólicos e estéticos da racionalidade consumidora. Existindo uma lógica
na construção dos signos de status e
nas maneiras de comunicá-los.
Há uma racionalidade pós-moderna?
Algumas correntes do pensamento
pós-moderno têm chamado a atenção em um direção oposta a nossa - sobre a disseminação do sentido, a dispersão
dos signos e a dificuldade de estabelecer códigos estáveis e compartilhados.
Para esses autores, os cenários do consumo são invocados como lugares onde se
manifesta com maior evidência a crise da racionalidade moderna. ( Lyotard )
Para Mary Douglas e Baron
Isherwood, por meio dos rituais, os grupos selecionam e fixam - graças a
acordos coletivos - os significados que regulam a sua vida. Os rituais utilizam
objetos materiais para estabelecer o sentido e as práticas que os preservam.
Por isso definem muitos dos bens que são consumidos como "acessórios
rituais", e vêem o consumo como um processo ritual.
Além de serem úteis à expansão do
mercado e para reprodução da força de trabalho, para nos distinguirmos dos
demais e nos comunicarmos com eles, "as mercadorias servem para
pensar", ordenar politicamente cada sociedade
Segundo Appadurai em sociedades
modernas o consumo não é algo privado, atomizado e passivo, mas sim, eminentemente
social, correlativo e ativo, subordinado a um certo controle político das
elites.
Comunidades transnacionais de consumidores
Vivemos um tempo de fraturas e
heterogeneidade, de segmentações dentro de cada nação e de comunicações fluidas
com as ordens transnacionais da informação, da moda e do saber. Em meio a tudo
isso, alguns códigos nos unificam, mas esses códigos são cada vez menos os da
etnia, da classe ou da nação em que nascemos.
O que ocorre é que a
reorganização transnacional dos sistemas simbólicos, feita sob as regras
neoliberais de máxima rentabilidade dos bens de massa, gerando a concentração
da cultura que confere a capacidade de decisão em elites selecionadas, exclui
as maiorias das correntes mais criativas da cultura contemporânea.
Se o consumo é um lugar difícil
de pensar, é pela liberação do seu cenário ao jogo pretensamente livre, ou
seja, feroz das forças de mercado. Para articular o consumo com um exercício
refletido da cidadania, é necessário reunir alguns requisitos: a) oferta vasta
e diversificada de bens e mensagens representativas da variedade internacional
dos mercados, de acesso fácil e equitativo para a maiorias; b) informação
multidirecional e confiável a respeito da qualidade dos produtos com o controle
feito pelos consumidores dando-lhes capacidade de refutar as seduções das
propagandas; c) participação democrática dos principais setores da sociedade
civil nas decisões de ordem material, simbólica, jurídica e política em que se
organizam os consumos: desde o controle
de qualidade dos alimentos até as concessões de rádio e televisão.
Estas ações políticas pelas quais
os consumidores ascendem à condição de cidadãos, implicam uma concepção do
mercado não como simples lugar de troca de mercadorias, mas como parte de
interações socioculturais mais complexas.
Portanto, vincular o consumo com
a cidadania requer ensaiar um reposicionamento do mercado na sociedade, tentar
a reconquista imaginativa dos espaços públicos, do interesse pelo público.
CANCLINI, Néstor Garcia. Consumidores e cidadãos: conflitos
multiculturais da globalização; trad. Maurício Santana Dias. 5. ed. Rio de
Janeiro: Editora UFRJ, 2005.
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