Este primeiro Seminário Internacional Juventude(s) e Cidadania promovido no âmbito da interlocução entre pesquisadores e estudantes de pós-graduação do CICS.NOVA, de Lisboa, e do GERTs/UFS, de Aracaju/SE, será realizado de forma remota (on-line) nos dia 08/11/22 – 06/12/22 – 31/01/23 (10h BR e 13h PT) e contará com três sessões atravessando os seguintes temas: Culturas Juvenis em tempos digitais; Juventudes, cidades e poder; e Juventudes, Políticas Públicas e Sistemas de Justiça. Logo traremos maiores informações sobre as participações e como assistir ao seminário.
Inscrições abertas:
https://www.sigaa.ufs.br/sigaa/public/extensao/paginaListaPeriodosInscricoesAtividadesPublico.jsf
Coordenadores:
Frank Marcon (GERTs/UFS) e
Ricardo Campos (CICS.NOVA, NOVA FCSH)
08/11/2022 - Sessão I
CULTURAS
JUVENIS EM TEMPOS DIGITAIS
Debatedores
José Alberto Simões
Ricardo Campos
Link Público: https://youtu.be/Lw_cZ7doS3g
Jovens (e) programadores(as): codando novos horizontes?
Gabriela Losekan - Doutoranda em Sociologia PPGS/UFS
Considerando a internet como cultura e artefato cultural e que os seus dispositivos tecnológicos são criados por pessoas, em contextos determinados e a partir de recursos específicos, propõe-se algumas reflexões sobre juventudes, trabalho e culturas digitais a partir das interações entre jovens programadores(as), observadas durante a Conferência Python Brasil 2021, um evento organizado anualmente por voluntários da comunidade da linguagem de programação Python no Brasil.
O meu, o seu e o nosso feminismo: uma reflexão sobre o compartilhamento de experiências em canais feministas de YouTube
Juliana Rodrigues -
Doutoranda em Sociologia CICS.NOVA – Lisboa
Na rede, os diversos feminismos assumem diferentes
roupagens e apelos de acordo com o emissor da mensagem e do ambiente de
mobilização. A presente comunicação propõe uma reflexão sobre as comunidades
formadas nos canais de youtubers feministas brasileiras.
Cultura juvenil, carreira musical e
precariedades: o samba como um estilo de vida intergeracional
Mateus Antonio de Almeida Neto -
Doutorando em Sociologia PPGS/PPGS
Este trabalho tem como objetivo fomentar o debate sobre
experiências musicais ligadas ao samba como um estilo de vida intergeracional
vivenciado por atores sociais que se consideram jovens e periféricos, e que
buscam por meio do estilo uma carreira alternativa com potencialidade de
empregabilidade e autonomia a contrapelo das relações de precariedades.
06/12/2022 - Sessão II
JUVENTUDES, CIDADES E PODER
Debatedores
Frank Marcon
Otávio Raposo
Acesse: https://www.youtube.com/live/cBoKclzd1PU?feature=share
Juventudes, Musicalidades e
Sociabilidades nos Paredões de Pagode da Bahia
Saionara S. Andrade dos Passos -
Doutoranda em Sociologia PPGS/UFS
Música e Sociabilidades em territórios marcados pela
precarização e pela violência. Reflexões sobre a problemática dos estilos de
vida, das práticas e das representações juvenis na atual cena cultural do
Recôncavo baiano, a luz da Sociologia das Juventudes.
Es Ca Ta Cre: fabulações afrofuturistas do rap kriolu cantado por mulheres das periferias de Lisboa
Gabriela Leal - Doutoranda
em Estudos Urbanos. CICS/NOVA - Lisboa
Percorrerei o percurso teórico-metodológico de minha
pesquisa de doutoramento, onde investigo a dimensão epistemológica da vida
urbana junto com rappers mulheres nas periferias de São Paulo e na Área
Metropolitana de Lisboa (AML). Irei me deter no segundo contexto para
apresentar resultados preliminares que traçam contornos das dimensões criativas
e epistemológicas do rap kriolu cantado por mulheres. As narrativas e saberes
produzidos por esta prática - simultaneamente urbana e estética - estão
imbricados em experiências afro-diaspóricas múltiplas e fundam espaços
transnacionais que fornecem ferramentas simbólicas, emocionais e sociais para
suas protagonistas (re)criarem e (re)imaginarem a experiência urbana nas
periferias da AML.
Juventude Evangélica, Política e Território Periférico
Florival José de Souza Filho -
Doutorando em Sociologia PPGS/UFS
Análise do processo de aproximação e inserção dos jovens
moradores de periferia ao universo religioso cristão-evangélico, situando o
território do bairro "Santa Maria", como lócus central da pesquisa em
andamento. Nesse sentido, busco apresentar as interfaces que conduzem os/as
jovens dessa periferia a tornarem-se membros ativos das Igrejas desse bairro e,
assim, participando dos eventos, cultos e demais ações institucionais
religiosas, formarem suas concepções políticas.
31/01/2023 - Sessão
III
JUVENTUDES, POLÍTICAS PÚBLICAS E
SISTEMAS DE JUSTIÇA
Debatedoras
Maria João Leote de Carvalho
Élida Braga
“JUVENTUDE VIVA?” A juventude negra
brasileira entre o genocídio e o encarceramento em massa
Lucas Vieira Santos Silva -
Doutorando em Sociologia PPGS/UFS.
Objetivo é de demostrar como se constituiu historicamente
o sistema de justiça aplicado à juventude no Brasil, demonstrando como o
racismo foi um elemento importante na constituição desse sistema e,
consequentemente, no modo desigual de aplicação da punição para às juventudes
de nosso país. Por fim, faço uma breve análise das políticas públicas aplicada
a juventude durante o período do governo petista e o impacto de tais política
na dinâmica dessa relação.
Jovens, estrutura das oportunidades e equívocos conceptuais na construção de políticas públicas para o segmento juvenil em Cabo Verde
Redy Wilson Andrade Duarte Lima -
Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais, Cabo Verde e
CICS.NOVA.FCSH, Doutorando em Estudos Urbanos
Entre os anos de 2007 e 2018, 56,1% dos crimes
participados à polícia tinham como autores jovens dos 16 aos 30 anos e a idade
média da população carcerária em 2018 era de 32 anos. Estes números suportam o
discurso institucional e de vários quadrantes da sociedade civil que toma os
jovens como um problema social e por isso, alvo de um conjunto de medidas
políticas com vista à sua domesticação. Esta comunicação tem como objetivo
discutir os mecanismos de mobilização e adesão dos jovens nos gangues de rua e
do narcotráfico, bem como apontar os equívocos conceptuais na construção das
políticas públicas no setor da juventude e da segurança pública.
One size does (not) fit all: a importância de uma intervenção responsiva ao género no sistema de justiça (juvenil)
Vera Duarte – Investigadora do CICS.NOVA – Pólo
de Braga e Professora Auxiliar na Universidade da Maia - ISMAI
As discussões em torno da importância de uma intervenção
responsiva ao género no sistema de justiça juvenil português, ainda que não
sejam propriamente novas, são recentes e ainda com pouca expressão na
investigação, na política e na intervenção, ao contrário do que acontece no
contexto internacional, onde este diálogo tem sido feito a par de uma
investigação que tem procurado demonstrar as idiossincrasias femininas nas
expressões da transgressão. O objetivo desta comunicação é, neste sentido,
refletir, a partir dos resultados de um projeto de investigação desenvolvido em
parceria com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, a importância
de uma intervenção responsiva ao género no sistema de justiça (juvenil),
problematizando a falta de consenso na resposta à questão: será que as
diferenças de género justificam a utilização de avaliações de risco,
instrumentos e intervenções diferenciadas?
Sistema de justiça e políticas
públicas: uma leitura a partir da criminologia crítica brasileira
João Víctor Pinto Santana -
Doutorando em Sociologia PPGS/UFS
Atualmente, há uma crescente demanda pelo aumento do poder
punitivo do Estado e este clamor social acaba atingindo significativa parcela
da(s) juventude(s). Na América Latina tal cenário não é diferente. Partindo da
realidade social brasileira, se faz necessário realizar um debate sobre o
sistema de justiça, especialmente em relação às políticas públicas
antipunitivistas (como é o caso da justiça restaurativa). Nesta perspectiva, o
nosso ponto de partida é a compreensão da criminologia crítica como uma
importante ferramenta de resistência ao punitivismo, através de uma leitura
articulada entre projeções político-criminais e os anseios sociais dos
movimentos de proteção de direitos humanos.
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